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Seções » Dicas de saúde
Considerando os recentes acontecimentos envolvendo a utilização de produtos emagrecedores manipulados, adquiridos de forma irregular, a Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que os medicamentos utilizados no tratamento da obesidade devem ter a indicação e a supervisão de um profissional especializado. A decisão sobre usar ou não um medicamento para emagrecer deve ser tomada sempre por um médico, baseando-se na avaliação criteriosa dos riscos e benefícios envolvidos. "As pessoas, na busca desesperada pela beleza e estética, estão utilizando determinados medicamentos sem prescrição médica. Porém, por trás dessa ilusória rápida perda de peso escondem-se efeitos colaterais graves e pode causar, ainda, dependência química. Além disso, as fórmulas emagrecedoras que estão sendo comercializadas irregularmente passam a falsa idéia de não danificarem o organismo, pois são ditas 'naturais'", advertiu a gerente de Vigilância Sanitária de Medicamentos e Congêneres da SES, Teresinha Povoa. Especialistas e várias pesquisas já mostraram que o uso de drogas para emagrecer não é suficiente para uma perda de peso permanente, saudável e eficiente. A obesidade possui diversos fatores e, em um plano para emagrecimento, devem estar envolvidas as mudança nos hábitos alimentares, as atividades físicas e uma equipe de apoio, como médicos e nutricionistas. "É mais aconselhável buscar acompanhamento de um profissional da nutrição, responsável pela elaboração do plano alimentar individual, no qual estão relacionados fatores clínicos, físicos e da rotina do paciente, uma vez que a obesidade está relacionada a fatores genéticos, ambientais e, até mesmo, culturais. A alimentação e a atividade física, de forma combinada, induzem a um emagrecimento a longo prazo, mas de maneira mais eficiente e saudável", lembrou a nutricionista da Coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição, Joana Reis. Associações As substâncias químicas usadas nas fórmulas para emagrecer, como Clordiazepoxido (ansiolítico), Fluoxetina (antidepressivo), Femproporex e Dietilpropiona (anorexígenos) atuam sobre o Sistema Nervoso Central e têm potencial para causar dependência, colocando em risco a saúde dos usuários. As fórmulas descritas acima são sujeitas a controle especial, regulamentada pela Portaria SVS n° 344/98, e controladas pela Polícia Federal. Essas substâncias podem causar dependência física ou psíquica e as associações medicamentosas das substâncias anorexígenas entre si ou com ansiolíticos, diuréticos, hormônios, extratos hormonais e laxantes são proibidas, de acordo com o dispositivo legal citado anteriormente. O uso dessas formulações implica em riscos irreparáveis à saúde, podendo levar a óbito, demonstrando sua gravidade e nocividade, além de ser criminoso. O comércio e a utilização de fórmulas emagrecedoras, sem receita médica, é considerado um risco à saúde da população, cabendo a todos denunciarem as pessoas envolvidas na venda e fabricação destas fórmulas às Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipais para adoção de medidas sanitárias cabíveis. As denúncias podem ser anônimas e feitas por meio do telefone 0800 31 01 71 ou pelo e-mail [email protected].
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