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Seções » Dicas de saúde

Obesidade Mórbida
Fonte: Clínica Gastroenterológica de Ribeirão Preto
Publicado no site em 03/11/2005


Você é obeso mórbido?
Saiba como calcular e conheça as opções cirúrgicas.

Classificação da Obesidade

Para se graduar a obesidade, é adotado pela Organização Mundial da Saúde o Índice de Massa Corporal (IMC) que é encontrado pela formula:

IMC = Peso em kilos dividido pelo resultado da multiplicação da Altura em metros por ela mesma. Exemplo, uma pessoa de 1,70 m e peso de 90 kg tem um IMC = 31, 14, ou seja, tem uma Obesidade Leve. Assim, de acordo com a tabela abaixo são classificadas as diferentes categorias de obesidade.

Índice de Massa Corporal - Categoria

- IMC de 20 a 25 - Peso Saudável
- IMC de 25 a 30 - Sobrepeso
- IMC de 30 a 35 - Obesidade Leve
- IMC de 35 a 40 - Obesidade Moderada
- Acima de 40 - Obesidade Mórbida

A obesidade acarreta inúmeros problemas de saúde, os mais freqüentes são: hipertensão arterial, diabetes, doenças nas articulações - principalmente coluna baixa e membros inferiores -, insuficiência respiratória, apnéia do sono, varizes e trombose nas veias das pernas, doenças coronarianas, derrame cerebral, perda de urina - em mulheres, impotência, infertilidade e vários tipos de cânceres (mama, útero, intestino).

Mas ao contrário do que muitos pensam, a obesidade, na maioria dos casos, não acontece por falta de vontade, ou desleixo, obesidade é uma doença séria que envolve componentes genéticos, metabólicos, hormonais, comportamentais, culturais, psicológicos e sociais, e deve ser tratada como qualquer outro problema de saúde.

Atualmente existem várias opções para o tratamento deste mal, e segundo o consenso mundial sobre tratamento da obesidade o único tratamento eficaz na perda e manutenção ponderal do obeso mórbido é o tratamento cirúrgico.

Mas em que caso é indicado a cirurgia?
Os obesos devem preencher os seguintes critérios:

- Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 40;
- IMC maior que 35 com doenças associadas à obesidade;
- Falhas de tratamentos conservadores prévios sob orientação profissional;
- Ausência de doenças com riscos inaceitáveis para cirurgia;
- Ausência de doenças endócrinas como causa da obesidade; e
- Ausência de psicopatias graves, incluindo viciados em droga e álcool.

Conheça os principais tipo de cirurgia
Existem basicamente 3 tipos de cirurgias para o tratamento da obesidade: as restritivas, as má absortivas e as híbridas.

As primeiras cirurgias para obesidade iniciaram-se na década de 50 e eram do tipo má absortiva, ou seja, diminuíam o tamanho do intestino delgado de cerca de 6 a 7 metros para 35 a 45 cm de extensão, fazendo com que os alimentos não fossem adequadamente digeridos e absorvidos levando à diarréia e má absorção. A perda ponderal com este método era alta - 60% a 70% do peso -, porém complicações graves surgiram com o tempo levando à altas taxas de mortalidade, fazendo com que fossem totalmente abandonadas.

Nos anos 80, iniciou-se a era das cirurgias restritivas, ou seja, aquelas que restringem a ingestão alimentar por diminuição do volume do estômago de aproximadamente 2,0 litros para algo em torno de 20 ml promovendo assim, saciedade precoce. Com esta técnica a perda ponderal média ao final de 1 ano é de 20 % a 25% porém, a partir do 2º ano os pacientes novamente voltam a ganhar peso, principalmente aqueles que ingerem alimentos líquidos e pastosos altamente calóricos, como sorvete, leite condensado e pudins.

Baseando-se no mesmo princípio restritivo estão as bandas, ou prótese de silicone, inicialmente colocadas por cirurgia aberta e ultimamente por laparoscopia. Estas bandas "estrangulam" a parte superior do estômago formando um estômago em "ampulheta" dificultando o esvaziamento do compartimento superior para o inferior, levando da mesma forma acima citada à saciedade precoce, e como aquela, promove perda ponderal semelhante (20% a 25 %) e reganho de peso a partir do 2º ano. Deve, portanto, ter sua indicação bem precisa, já que para os grandes obesos e comedores de doce traz maus resultados. Outras desvantagens são o custo - cerca de 2.000 dólares - e a durabilidade da prótese de aproximadamente 15 anos.

No final dos anos 80 e início dos anos 90, surgiu o tipo híbrido de cirurgia para obesidade, o qual associava a restrição através da redução do estômago com uma leve má absorção através da diminuição de apenas 1 metro do intestino. Esta cirurgia foi desenvolvida pelo cirurgião colombiano Rafael Capella, radicado nos Estados Unidos e leva o seu nome.

Com essa técnica a perda ponderal média após 1 ano chega a 40 % do peso pré-operatório e mantém-se assim com o passar dos anos. Esta é atualmente a técnica mais utilizada em todo o mundo, inclusive no Brasil, sendo considerada no momento o padrão ouro do tratamento cirúrgico da obesidade mórbida.




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