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Seções » Dicas de saúde

DISLEXIA?
Fonte: ABD - Associação Brasileira de Dislexia
Publicado no site em 04/01/05


É um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem de origem constitucional caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades na decodificação de palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade socio-cultural e sem distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem.

A dislexia é apresentada em várias formas de linguagem, freqüentemente incluída nos problemas de leitura e na capacidade de escrever e soletrar. (Definição da IDA - International Dyslexia Association - Comitê de Abril / 1994).

Sintomas da dislexia

A apresentação de alguns desses sinais não significa que a pessoas seja disléxica, mas que apresenta um quadro de risco.

Na pré-escola:

Na idade escolar:

" Fraco desenvolvimento da atenção;
" Imaturidade no trato com outras crianças;
" Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
" Atraso no desenvolvimento visual;
" Dificuldade de aprender rimas e canções;
" Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
" Dificuldade com quebra-cabeça;
" Falta de interesse por livros e impressos

Na fase adulta:

" Continua a ter dificuldade na leitura e escrita;
" Dificuldade para soletrar;
" Memória imediata prejudicada;
" Dificuldade em dar nomes a objetos e pessoas (disnomias);
" Dificuldade em aprender uma segunda língua;
" Dificuldades em organização geral;
" Comprometimento emocional

Na idade escolar:

" Dificuldade na aquisição e desenvolvimento das habilidades lingüísticas;
" Dificuldade com análise e síntese dos sons de uma palavra;
" Pobre reconhecimento de rima (sons iguais no fim das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
" Desatenção e dispersão;
" Dificuldade na coordenação motora fina: desenhos, pinturas, etc.;
" Dificuldade na coordenação motora grossa: ginástica, dança, etc.;
" Desorganização geral: como exemplo podemos citar os cantantes atrasos na entrega de trabalhas escolares;
" Dificuldades visuais, com impacto na organização do trabalho no papel e na postura da cabeça para escrever;
" Confusão entre direita e esquerda;
" Dificuldade em manusear mapas, dicionários, etc.;
" Dificuldade na linguagem e na fala, com vocabulário pobre, sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;
" Dificuldade de memória de curto termo, como as que se referem a instruções, dígitos, tabuadas, etc.;
" Problemas de conduta, com desenvolvimento de retração, timidez excessiva ou depressão (pode ocorrer ainda de se tornar o palhaço da turma);
" Dificuldade de copiar de livros ou da lousa;
" Dificuldade na leitura;
" Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
" Dificuldade em aprender uma segunda língua;
" Grande desempenho em provas orais;
" Dificuldade em dar nomes a objetos e pessoas (disnomias)

Não é uma doença

Para alguns, a dislexia é um problema, para outros, não passa de uma característica com a qual é preciso aprender a conviver. Pois não se trata de uma doença, e sim de uma alteração de origem genético-neurológica.

A dislexia atinge áreas do sistema nervoso central referentes ao processamento da linguagem, no lado esquerdo do cérebro, segundo a fonoaudióloga Simone Aparecida Capelline, da Universidade Estadual Paulista (UNESP) (em entrevista a revista Você SA - nov/2003). E completa - como consequência, surgem dificuldades para ler e escrever, falhas na orientação temporal e espacial, problemas de concentração e de memória de curta duração. De acordo com a fonoaudióloga, esses sintomas ocorrem sem que haja deficiência intelectual, motora ou sensorial. Quando são avaliados por profissionais que confirmam o diagnóstico da dislexia, podem ser minimizados por meio de tratamentos fonoaudiológico e psicopedagógico.

Maria Ângela Nico, psicopedagoga, fonoaudióloga e coordenadora da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), afirma que em alguns casos, sessões regulares levam à melhora de até 75% do quadro. A situação se complica quando os sinais não são associados à dislexia. Por não entender o que acontece, muitos disléxicos se stem inferiores, deixam de estudar ou recusam posições profissionais em que teriam de se expor um pouco mais.

O fracasso escolar e os distúrbios de aprendizagem

A constatação de que uma criança é portadora de dislexia, principalmente no grau mais severo, provoca ansiedade tanto na família, quanto na escola e nos profissionais de reeducação, sabedores que são das limitações que existem na colaboração familiar e das difíceis adequações escolares.

Em relação à criança, é importante definir a causa de suas dificuldades pois pode trazer mais sensação de alívio do que angústia, e ela não ficará mais exposta ao rótulo de preguiçosa, desatenta, bagunceira, etc.

A importância do diagnóstico multidisciplinar

Um diagnóstico correto, é muito importante, tanto para a criança quanto para os pais, pois elimina uma suspeita de déficit intelectual. Suspeita essa que traumatiza a criança e desvia os pais quanto a busca de soluções adequadas.

O diagnóstico é importante para dirigir técnicas mais adequadas à reintegração do aluno, com objetivo de tornar mais eficaz o plano de tratamento. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e se necessário neurologista ou ainda outros profissionais como oftalmologista, otorrinolaringologista, geneticista, pediatra, etc., para se determinar ou eliminar fatores, em todas as áreas, que possam estar comprometendo o processo de aprendizagem.

Todos os profissionais envolvidos devem trocar informações considerando o desenvolvimento da criança, histórico familiar, desempenho escolar, métodos de ensino e repertório adquirido que são grande importância. Neste momento os pais e a escola são fontes importantes de informação para definir o quadro. Esse estudo do caso é importante para se fazer o encaminhamento adequado. O diagnóstico deve esclarecer os pais, os professores e o profissional que fará o acompanhamento, bem como o próprio disléxico.

O objetivo não deve ser simplesmente encontrar um rótulo, mas tentar estabelecer um quadro, e encontrar caminhos eficientes para o programa de reeducação.

A dislexia não é obstáculo para o sucesso.

Um disléxico pode ser um gênio!
Como a dislexia é decorrente de uma defasagem no lado esquerdo do cérebro, ela leva ao desenvolvimento de habilidades associadas ao hemisfério direito.

Daí a facilidade para as artes e expressão oral apresentada na maioria dos disléxicos. Vejam por exemplo Leonardo da Vinci, Picasso, Rodin, Michelangelo, Albert Eisten, Winston Churchill, Walt Disney, Thomas Edison,Whoopi Goldberg, Tom Cruise, Cher entre outras 600 milhões de pessoas que equivale a 10% da população mundial.


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