URASeções
  Ação Social

  Agenda Mensal

  Colunas & Colunistas

  Arte/Cultura

  Culinária

  Dicas de Beleza

  Especial

  Eventos

  Horóscopo

  Moda/Tendências

  Notícias/Destaques

  Saúde

  URA-Divulga

 URAServiços

  Agência de Viagem

  Artesanato

  Ateliê

  Cabeleireiros

  Cartões

  Clínica Veterinária

  Cursos

  Dentista

  Diversão

  Escolas

  Fotografia

  Imóveis

  Informática

  Jornais

  Locadoras

  Moda/lojas

  Molduras

  Hotel/Pousada

  Pneus

  Projeto Cultural

  Supermercado

  Telefonia

  Terapeutas
 URATempo
 Cotações
   * Dólar
   * Índice
   * Juros

 CURRÍCULOS


Principal |  Uberaba em Foco | Boletim URA Online Anuncie!
 

Seções » Dicas de saúde

Chocolate: verdades e mentiras
Fonte: Eliane Said Dutra - Professora da UNB
e-mail [email protected].
Publicado no site em 25/07/2005

Amado por uns e evitado por outros, o chocolate é alvo de diversos mitos. Dá espinhas, provoca alergias, diminui a Tensão Pré-Menstrual (TPM) e o mais temido por todos, engorda. Mas, o que pouca gente sabe é que ele é um alimento, sim, equilibrado do ponto e vista nutricional. Ele contém carboidratos (50%), gorduras (35%) e proteínas (15%) em valores próximos proporcionalmente, ao recomendado em uma dieta saudável, afirma a nutricionista e professora da Universidade de Brasília (UnB), Eliane Said Dutra. Quem despreza o alimento está enganado. Ele é rico em cálcio e ferro. Para se ter uma idéia, a quantidade de cálcio corresponde a 25% das necessidades diárias de uma mulher adulta e cerca de 40% de ferro.

Os benefícios, entretanto, não isentam os consumidores do risco de engordar. É melhor comer com moderação e sempre acompanhado de outros alimentos na refeição. Se a pessoa está dentro do peso saudável e ingerir até 50g (ou aproximadamente 275 Kcal) por dia não há problemas, mas se estiver levemente acima do peso ou obesa, deve evitar seu consumo ou comer no máximo 30g (aproximadamente 165 Kcal) eventualmente. Isso corresponde a uma barrinha pequena para não favorecer ainda mais o ganho de peso, garante Eliane.
Divulgação

Quem está com sobrepeso deve passar longe dos diets. Esse chocolate é específico para diabéticos, por não conter açúcar, mas para compensar a ausência do ingrediente, as indústrias utilizam mais gordura que o usual, com o objetivo de alcançar a textura adequada. Resultado: ele tem mais calorias que o chocolate comum.

E aqueles que não comem por medo de ganhar espinhas também podem estar equivocados. Um estudo da Escola de Medicina da Pensilvânia, nos Estados Unidos, não encontrou relação de causa-efeito entre chocolate e acne. As glândulas sebáceas não respondem diretamente aos alimentos e sim aos hormônios, explica a nutricionista.

Outro mito revelado por Eliane refere-se às alergias. Em geral, elas são atribuídas à guloseima, mas a causa pode estar no leite ou nos conservantes que fazem parte da sua composição. Por outro lado, as cáries também atribuídas a ele podem estar relacionadas a qualquer tipo de doce, quando não ocorre a higienização bucal correta após o consumo. O conselho, portanto, é escovar o dentes.

HISTÓRIA DO CHOCOLATE Ao longo de sua história, o chocolate não era considerado um alimento. Foi usado em celebrações, rituais e como moeda; talvez por isso ainda hoje suas qualidades nutricionais sejam tão discutidas. Seu surgimento remonta as civilizações asteca e maia, mais precisamente onde se localizam o México e a Guatemala. Nessa época, era considerado um presente dos deuses, pois conferia sabedoria e poder a quem o consumisse em rituais.

Esses povos torravam as sementes do cacau e misturavam iguarias como pimenta, uma base de milho fermentado e especiarias. O sabor era bem diferente do que hoje se conhece e sua consistência era líquida. Com as invasões espanholas na América, ele foi levado para o continente europeu e nos mosteiros espanhóis foi aprimorado. Na Suíça, recebeu açúcar e leite e ganhou nova consistência.

EFEITOS NO ORGANISMO - As sensações de prazer conferidas ao chocolate não são engodo. Esse doce, de acordo com a professora Eliane, contém uma substância chamada metilxantina, que curiosamente provoca sensações de bem-estar semelhantes, porém em escala bem menor, que a Cannabis sativa. E o vício do qual algumas pessoas tentam se livrar pode ser ocasionado pelas substâncias de sua composição que se ligam no cérebro aos receptores para opióides, substâncias que causam dependência.

Outra ação relacionada ao bem-estar é o aumento da produção de fenilfetilamina, uma substância do grupo das endorfinas, que dá a mesma sensação de estar apaixonado. Mas, reações estimulantes, ao contrário, não podem ser atribuídas ao doce. Ele contém cafeína em quantidades mínimas, que correspondem a 5% de uma xícara de café.



Para ler matéria anterior, clique aqui.