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Seções » Dicas de saúde

Obesidade infantil
Fonte: Ebbeling et al., The Lancet 2002
Publicado em 15/07/04


Atualmente, a obesidade nos adultos é uma constante significativa, quer nos países desenvolvidos, quer em certos países em vias de desenvolvimento. Embora as crianças tenham menos problemas de peso do que os adultos, as que têm excesso de peso correm sérios riscos de se tornarem adolescentes e adultos obesos, e de terem uma saúde débil. Por esta razão, a obesidade nos jovens tornou-se uma prioridade na saúde pública.

Durante a última década, a prevalência e os riscos da obesidade nos adultos foi alvo de uma atenção considerável. Atualmente, os médicos demonstram mais interesse em discutir o aumento do número de crianças e adolescentes obesos. A maioria dos países europeus apresenta taxas de sobrepeso e obesidade superiores a 10% entre as crianças com 10 anos. Mais alarmantes são os índices superiores a 30% apresentados por alguns países, como a Grécia, a Itália ou Malta. É certo também que existem variações substanciais de acordo com as áreas geográficas: na Europa, são os países do leste e sul que apresentam níveis especialmente elevados.

Os parâmetros de análise da obesidade infantil não são universais, o que dificulta as comparações internacionais de dados. Considerando esta lacuna, um grupo de peritos internacionais que integra a equipa de trabalho da International Obesity Task Force, um comité da International Association for the Study of Obesity (principal organização de profissionais ligados ao estudo de obesidade, oriundos de mais de 50 países), desenvolveu recentemente parâmetros comuns que facilitarão o cruzamento de dados no estudo da obesidade juvenil.

As origens da obesidade são debatidas diariamente no seio da medicina. Confirma-se que os fatores genéticos influenciam bastante a predisposição para a obesidade infantil, mas a genética per se não explica o alargamento do fenômeno, registado nos últimos anos. Em busca de outras explicações, os investigadores voltam-se para a clássica equação do equilíbrio energético. Tal como nos adultos, a obesidade infantil e juvenil é consequência de um desequilíbrio entre as calorias consumidas e as gastas. Este desequilíbrio deve-se a um conjunto de factores sociais que influenciam a forma como as crianças se alimentam, praticam exercício físico ou brincam. São poucos os casos de obesidade cuja origem está em perturbações do tipo endocrinológico ou noutros problemas físicos.

Enquanto, há uns anos atrás, o sobrepeso infantil não se considerava prejudicial - a gordura na criança era sinal de boa saúde - atualmente, sabe-se que a obesidade provoca problemas, imediatamente e no futuro. Independentemente dos problemas físicos e emocionais que surgem na infância, estudos de longo prazo demonstraram que a obesidade adolescente é uma antecipação da obesidade em idade adulta, especialmente se os pais forem também obesos. A obesidade pode, assim, aparecer muito cedo, o que implica, não só um maior risco para a saúde, mas também problemas sociais e econômicos mais graves.

Potenciais complicações da obesidade infantil

Problemas físicos precoces
Diabetes de tipo 2, puberdade precoce, apneia do sono, problemas hepáticos, hipertensão, problema dos lípidos sanguíneos (colesterol), doenças arteriais, cálculos renais, pés chatos.

Problemas psicológicos precoces
Perda da autoconfiança, baixa auto-estima, discriminação social.

Aumento dos riscos de obesidade em idade adulta com todas as repercussões físicas, sociais e psicológicas
Doenças cardiovasculares precoces, problemas de metabolismo.