Dicas de saúde

O coração trabalha em duas fases alternadas, uma de contração e outra de relaxamento. Na contração temos a sístole que injeta o sangue do ventrículo esquerdo para dentro da maior artéria do corpo que é aorta. O pico de pressão dentro das artérias é a pressão máxima ou sistólica. Na fase seguinte, de relaxamento o sangue retorna pelos pulmões até o coração esquerdo. Neste período a pressão atinge seus valores mais baixos, é a pressão mínima ou diastólica.

A elevação da pressão máxima, da mínima ou de ambas denomina-se hipertensão arterial ou pressão alta e é uma doença muito comum entre os idosos brasileiros.

No idoso apesar do endurecimento das artérias propiciar o aumento da pressão arterial, a hipertensão arterial não pode ser considerada como envelhecimento normal, e deve ser considerada como uma doença a ser tratada de modo apropriado.

A medida correta da pressão arterial é muito importante para evitar falsos resultados, deve ser preferencialmente deitado, no mínimo 2 tomadas com o intervalo de 5 minutos entre elas especialmente em pacientes muito ansiosos.

Os sintomas mais comuns da hipertensão arterial são dor de cabeça, tontura, sangramento do nariz, sensação de cansaço e falta de ar. Algumas vezes a pressão pode subir lentamente e o organismo se adaptar a esta cifra alta de pressão e não apresentar sintomas.

Os fatores que aumentam o risco das pessoas apresentar pressão alta são:

A idade

Sexo - os homens apresentam mais hipertensão arterial que as mulheres

Raça - os negros são mais acometidos que os brancos

Hereditariedade - filhos de hipertensos têm mais chances de apresentar a doença

Obesidade - freqüentemente o aumento de peso esta associado ao aumento da pressão arterial

Uso de muito sal na comida - aumenta a retenção de água no organismo aumentando a possibilidade de hipertensão

Vida sedentária

Abuso de bebidas alcoólicas

Medicamentos - como descongestionantes nasais e corticóides

Algumas doenças estão comumente associadas à pressão alta como o aumento do colesterol e triglicerídeos, diabetes mellitus, doenças dos rins, que pioram os níveis de pressão e devem ser diagnosticadas e tratadas concomitantemente ao tratamento da hipertensão; Assim como a pressão arterial descondensada aumenta o risco de doença do coração como o infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca e pode também atacar outros órgãos como os olhos, diminuindo a visão.

O tratamento da pressão alta deve abranger modificações no estilo de vida: reduzindo o peso com uma dieta balanceada e diminuindo a quantidade de sódio na dieta, colocando menos sal na comida e evitando alimentos industrializados, geralmente muito salgados.

A pratica regular de exercícios aeróbicos leves a moderados previne a hipertensão e pode auxiliar a diminuir a pressão. Exercícios de musculação com muito peso não são recomendados porque podem aumentar a pressão arterial.

Pare de fumar, reduza o consumo de bebidas alcoólicas.

Além das mudanças de estilo de vida, o tratamento medicamentoso, se necessário, é vasto e específico para cada tipo de hipertensão. Algumas vezes o idoso esta tão acostumado com os níveis altos de pressão que ao reduzir a pressão com medicamentos, apresenta sintomas semelhantes à hipotensão, o que leva, erradamente, ao abandono do tratamento.

Frente ao grande número de alterações que a hipertensão arterial traz, e a facilidade de diagnóstico com a medida da pressão arterial, não se justifica o numero de idosos sem tratamento e exposto as complicações, que ainda existe.

Para ler matéria anterior, clique aqui.