URASeções
  Ação Social

  Agenda Mensal

  Colunas & Colunistas

  Arte/Cultura

  Culinária

  Dicas de Beleza

  Especial

  Eventos

  Horóscopo

  Moda/Tendências

  Notícias/Destaques

  Saúde

  URA-Divulga

 URAServiços

  Agência de Viagem

  Artesanato

  Ateliê

  Cabeleireiros

  Cartões

  Clínica Veterinária

  Cursos

  Dentista

  Diversão

  Escolas

  Fotografia

  Imóveis

  Informática

  Jornais

  Locadoras

  Moda/lojas

  Molduras

  Hotel/Pousada

  Pneus

  Projeto Cultural

  Supermercado

  Telefonia

  Terapeutas
 URATempo
 Cotações
   * Dólar
   * Índice
   * Juros

 CURRÍCULOS


Principal |  Uberaba em Foco | Boletim URA Online Anuncie!
 

Seções » Dicas de saúde

Ar condicionado e alergias respiratórias
Fonte: Hospital de Base do Distrito Federal
Publicado em 15/07/04

O sistema de ar condicionado central contribui para o surgimento ou agravamento de alergias respiratórias. Isso porque o filtro de ar desses aparelhos não está preparado para reter as micropartículas- fungos, bactérias, mofos, ácaros e vírus- causadoras do mal. Salas amplas e cheias de gente trabalhando acabam se tornando ambientes insabulares, criando condições ideais para a proliferação das doenças provocadas por esse microorganismo.

Funcionamento
O aparelho capta ar e o filtra antes de jogá-lo novamente no ambiente. O resfriamento é feito por serpentinas contendo gás refrigerante ou água gelada. Nesse processo, o ar é desumidificado, ou seja, perde umidade.

Em seguida, o ar refrigerado é jogado nos dutos de ventilação por um ventilador centrífugo de alta pressão. O problema, segundo os médicos, é que os dutos de ar jamais são limpos e a sujeira vai se acumulando dentro deles. Sistema de ar condicionado central.


Doenças
O ar frio paralisa os cílios (pêlos) que revestem as paredes do sistema respiratório e são encarregados de jogar para fora as impurezas que entram junto com o ar que respiramos. Assim, fungos, mofo, bactérias, vírus e ácaros permanecem no organismo livres para provocar doenças respiratórias de natureza alérgica.

As doenças do aparelho respiratório são sinusite, rinite, otite, amigdalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados. Gripes, por exemplo, abaixam as defesas e favorecem infecções mais sérias, como pneumonia.

Otite
Inflamação dos canais do ouvido, podendo ser externa e média(atrás dos tímpanos, que ficam cheios de pus) Sinusite
Inflamação dos seios da face, chamados para-nasais(próximos do nariz)
Amigdalite
Inflamação das amígdalas, provocando dor, inchaço e pus
Renite
Inflamação dos sistemas internos do nariz


Prevenção

Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, pois facilita a contaminação. Salas com carpete, o perigo é dobrado.
Mesmo que a pessoa não seja alérgica, a exposição aos elementos causadores de alergias (ácaros, fungos, mofo, poeira de local fechado, bactérias) acba sensibilizando-a. A pessoa torna-se, então, alérgica.
É preciso, portanto, evitar o contato com os causadores da alergia.


Estatísticas

20% a 42% da população urbana é alérgica.

Os Estados Unidos gastam US$ 6,4 bilhões ao ano tratando pessoas com asma.

Nos EUA, a rinite alérgica responde por 45 milhões de faltas nas escolas por ano.


Tratamento

Evitar permanência em ambientes insabulares por muito tempo.

Tratar a alergia quando as crises surgirem.

Tomar vacinas, quando tiver indicação.

Alérgicos e pessoas com mais de 50 anos devem tomar vacinas contra gripe, pneumonias e outras infecções respiratórias, provocadas por bactérias pneumococcus e pelo vírus haemophilus influenzae.

Tomar banho na temperatura ambiente (mais frio).

Fazer exercícios físicos.

Praticar natação preferencialmente em piscina fria ( a recomendação não vale para quem tem sinusite, porque a natação agrava o problema).


Lugares sem sol atraem fungos, ácaros e alergias

Janelas fechadas, cortinas ou persianas que não deixam entrar nem uma nesga de sol e um ar que entra pelas narinas levando aos pulmões algo mais que puro oxigênio. Se você mora ou trabalha num ambiente com essas características, previna-se: lugares assim- onde apenas dez por cento do ar circulante é renovado com ar de fora do prédio - são propícios à proliferação das alergias respiratórias. Locais com refrigeração central são a habitação ideal para ácaros, fungos, bactérias e outroscausadores das alergias respiratórias.

Quando as salas são acarpetadas, então, o problema se agrava. "É impossível limpar o carpete, que sempre fica com resíduos de poeira", lembra o infectologista Edwin Castillo. Mas não pense que o ar condicionado em si seja uma maldição. É até recomendado para quem pode ter o equipamneto no carro. Especialmente no caso de quem é alérgico a pólen de flores e fumaça dos caminhões.

Também não representa perigo instalar em casa aquele aparelho pequeno, de parede, avalia Celso Rodrigues, chefe da Unidade de Pneumologia do Hospital de Base do Distrito Federal (FHDF). O ar é todo renovado pelo aparelho. Sai o ar quente do interior e entra novo ar de fora.

Mas há que se ter cuidado com a limpeza do filtro e da parte externa que reveste o aparelho. É que as fezes de pombos , por exemplo, representam perigo à saúde das pessoas. Quando secas elas podem ser aspiradas para dentro do sistema e ser levadas para o ambiente refrigerado. As fezes do pombo têm um fungo chamado criptococcus neoformans, que pode provocar pneumonia e meningite, lembra Edwin Castillo.

O calor do sol é o maior inimigo de fungos, ácaros e mofo. Por isso, recomenda o alergista Roberto Ronald Cardoso que deixe entrar em sua casa a luz do sol e o ar puro. Responsável pela Unidade de Alergia do HBDF, o médico lembra que evitar as causas das alergias respiratórias é fundamental. Significa manter a casa ou escritório livre da poeira, do mofo e dos insetos mortos. "O pó da barata morta, por exemplo, é um grande alergênico", garante o especialista.

Mas, em prédios públicos e de escritórios, essa estratégia não surte bons resultados, por causa das proporções do ambiente. E o sistema central de ar condicionado acaba perpetuando as doenças respiratórias.