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Seções » Especial

COMO SE ORIGINOU A FESTA DE SANTOS REIS
Por : Letícia Grace
Jornalista/Turismóloga
Publicado em 09/01/07


No dia seis de janeiro do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, mais ou menos ao meio dia, depois de uma longa caminhada que durou doze dias, montados em camelos e guiados por uma estrela até então nunca vista, chegaram em Belém, vindos do Oriente Médio, os magos Gaspar, Belchior e Baltazar. Juntos chegaram também um capitão e um coronel da guarda do palácio do rei Heródes. Disfarçados, eles vieram como segurança pessoal em seus territórios.

Ocultamente, traziam a cruel missão ordenada pelo rei Heródes: matar o menino, procurado por aqueles estranhos viajantes que haviam passado em sua corte, pedindo informações precisas de onde havia nascido, na Judéia, o grande Rei dos Judeus, o que muito o irritou por se julgar o grande rei da Judéia, até mesmo o rei do Mundo.

Os magos dali se despediram e, logo que saíram, aquela estrela que tinha apagado na entrada de Jerusalém, a mesma estrela grande e bonita que tinham avistado no Oriente Médio na noite que nasceu em Belém o filho de Maria, brilhou novamente na frente deles. E do céu guiou até Belém, abaixando em uma estrebaria.

Chegaram os magos, desmontaram de seus camelos e foram entrando e ali encontraram o Menino Jesus, Maria e José.

A criança parecia ser igual a todas, mas os magos sabiam que não era uma criança como as outras, mas sim o pequenino Rei a quem vinham procurando. Ajoelharam perante o Menino e o adoraram.

"Querido Senhor Jesus", disseram eles, "como estamos contentes porque o achamos". Buscaram logo os seus presentes e entregaram: mirra para o homem, ouro para o Rei e incenso para Deus.

O casal, ali muito feliz, os agradeceu e abençoou. O capitão e o coronel ao verem tanta simplicidade, por obra do Divino Espírito Santo, esqueceram a cruel missão que tinham. Seguiram o exemplo dos magos, se ajoelharam e adoraram ao pedirem perdão. Por Maria foram perdoados e ganharam a salvação.

Chegando a noite, ambos por ali se agasalharam para pernoitarem e no outro dia seguiram viagem de regresso para suas terras de origem.

Os magos, motivados pelo cansaço da longa viagem, dormiram bem e todos os três tiveram um mesmo sonho e ouviram uma voz que dizia para que voltassem por outra estrada, pois o rei Heródes os aguardava com traição.

Eles ouviram bem aquela voz e não esqueceram, não voltando ao palácio para falar com o rei, retornaram por outra estrada.

O que seria do capitão e do coronel se tivessem voltado ao palácio e contado ao rei que encontraram o Menino e não O mataram, por haverem reconhecido não ser só o Rei dos Judeus, mas sim o Rei do Mundo, o Messias Prometido, Nosso Pai da Salvação. Na frente daquele homem que quando viu que tinha sido traído, ordenou a matança de todos os inocentes até dois anos de idade. Escrito no Evangelho de São Matheus, 2-16.
Renunciaram às mordomias do palácio e trocaram seus postos de capitão e coronel pela Fé, pelo amor verdadeiro ao Pai, o Menino Jesus, Filho de Maria. E seguiram os magos por caminhos diferentes.

Os magos, que também eram considerados reis, por serem pessoas cultas e inteligentes, haviam pedido licença a Maria para que eles comemorassem com festa aquele dia em que ali chegaram, e foi permitido. Mas, por falta de recursos, espaço ou tempo suficiente, não foi possível realizarem ali na manjedoura.

Eles, além de astrólogos, eram músicos e cantores. E, nas casas à beira da estrada, durante a viagem de regresso, sempre acompanhados pelo capitão e o coronel, eles chegavam entoando hinos na sua linguagem e pediam donativos com a finalidade de angariar fundos para festejar o dia em que tiveram o privilégio e a satisfação de conhecer pessoalmente o Pai da Salvação, Nosso Senhor Jesus Cristo. E, assim que lhes faziam ofertas, eles agradeciam cantando. No dia em que chegaram em casa suas senhoras, quando os avistaram, saíram ao encontro destes muito festivas; eis que lá estavam desesperadas esperando seus maridos que tinham saído para uma viagem incerta, seguindo uma estrela estranha sem saber onde iam e nem quando voltariam.

Foi motivo de muita emoção e alegria; eles por terem realizado uma viagem vitoriosa, embora muito cansativa, e elas por vê-los todos felizes. Em virtude da grande alegria, juntos festejaram o dia de sua vitória.
Assim, enquanto viveram, sempre repetiram todos os anos a mesma cena comemorativa do dia em que, em Belém, encontraram o Menino Jesus na manjedoura, com sua Mãe Maria Santíssima e São José. Seus exemplos foram seguidos por muitos que acreditaram na realidade do encontro dos magos com a Sagrada Família, na visita que fizeram em Belém. E, através de dezenas e centenas de anos, esta festa foi crescendo e expandindo, chegando a alcançar as cinco partes do mundo.

Hoje, não é mais praticada em vários países onde seus governantes não permitem que pratiquem atos religiosos de nenhuma natureza.

Mas a maneira de comemorar varia de um país para outro, de uma região para outra; há muitas diferenças em sua prática. Por exemplo, aqui no Brasil, América do Sul, em diversos Estados festejam-se os Três Reis Magos.

Na Bahia, por exemplo, em determinadas regiões, festejam o dia de Santos Reis durante a noite, fazendo peregrinações e angariando donativos.

Seus praticantes são grupos formados de seis a oito figuras: mestre, contra-mestre, instrumentistas, dois palhaços, como dizem na gíria, bandeira simbólica aos Três Reis do Oriente, assim como os palhaços são simbólicos aos Capitão e Coronel que acompanharam os Magos. Os instrumentos usados são de percussão (bumbo ou zabumba, caixa, pandeiro, afoxé ou chocalho, reco-reco e a flauta).
No Ceará também comemoram, mas nas igrejas e é conhecida como Reisado.

Em Alagoas e Pernambuco igualmente festejam essa data, mas também de maneira diferente.

A festa de Santos Reis, é conhecida como Folia de Santos Reis, o que na realidade não se justifica, porém, não seremos nós que vamos mudar uma tradição muito antiga, que vem de muito antes de nossos avós. Seria mais ético, mas lógico, chamarmos de Companhia de Santos Reis ou Romaria, e nós, romeiros. Mas não importa ser qualquer coisa, até menos do que palhaços e foliões do Divino Santos Reis, é muito importante para nós que adoramos, devemos até mesmo nos orgulhar por sermos assim considerados, porém no bom sentido.

As características da maneira que praticam, há pouca diferença de um grupo para outro; ocupam geralmente de dez a doze figuras tais como: mestre, contra-mestre, contrato, tala, contra-tala, caceteiros; ou ainda: embaixador, contra-mestre, terceira voz, quarta voz, quinta voz e sexta voz. Os instrumentos são: viola, violão, violinos, cavaquinhos, caixas e pandeiros, executados pelos componentes do grupo. Também o Capitão, o Coronel e a bandeira. Os componentes dos grupos devem ser sempre pessoas de boa formação religiosa e cristã, bem preparadas para o lugar que ocupam e que saibam respeitar, não só os Três Reis Magos, mas também os devotos visitados pela Bandeira. O que faz desaparecer a má impressão de alguns menos esclarecidos, pelo nome de Folia de Reis. Viva Santos Reis !

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