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Seções » Especial

Com muito choro e muita vela a civilização cultua a violência

Publicado em 13/03/07
Por Franklin Machado


Um dos principais valores cultuados pela civilização é a violência. No entanto, de forma oposta e controvertida, esta mesma civilização lamenta que haja no mundo tanta violência , como se nós fossemos todos vítimas de algo que está apartado do processo histórico. Não aceitamos ainda - e é difícil mesmo, principalmente para quem perde um ente querido de forma violenta - enfim, não aceitamos formas violentas de lidar com o cotidiano.

Há, à granel, os mais variados e sedutores incentivos à prática da violência, como forma legitima de manifestação humana. Heróis de guerra fazem parte de nossa cultura e estes heróis são cultuados e homenageados. É claro que este herói passou por maus bocados em entreveros armados e cometeu crueldades, que clinicamente são afastados durante as homenagens, para não manchar a honra deste mesmo herói.

Estão na televisão formas variadíssimas de culto à violência. Lógico que o herói é ético e não tortura. Mas há videogames hoje em que a crueldade é incentivada como forma de exterminar seus opositores. E vencer o jogo significa eliminar todo tipo de obstáculo-alvo, seja ele um morto-vivo, ou um pacato cidadão que está atravessando a rua e ao qual temos que atingir com nosso carro "combatente".

Daria para fazer uma enciclopédia sobre impunidades frente aos órgãos repressores e de justiça legal."Lugar de bandido é na cadeia", dizemos todos. Será que ainda não perceberam que só há sentido em aprimorar leis que punem crimes e delitos se houver forte atenção e investimento nos locais em que estes criminosos vão cumprir sua penas. Algum destes políticos do Congresso Nacional - aliás eivado de suspeitas de crimes contra o erário público - se disporiam a visitar periodicamente as cadeias e presídios do Brasil? Inaugura-se mais presídios no Brasil do que shopping centers, que são lugares moderníssimos e onde fazer compras e passear torna-se uma atividade bastante agradável. Talvez fosse o caso de nossa justiça aprender - é lógico que guardadas as devidas proporções - de como são planejados os shopping centers, para aprendermos como deve ser planejado um presídio e de como devem ser reformadas as cadeias. Seria no mínimo salutar esta prática. Principalmente levando-se em conta que a segurança de quem passeia num shopping depende da qualidade dos estabelecimentos penais que guardam e punem criminosos.



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