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Seções » Especial CASCA DE MARACUJÁ PODE DAR LUCRO Publicado em 19/04/07 Iniciativa da Embrapa quer revitalizar a cultura da fruta no norte do Rio de Janeiro e prevê seu uso como matéria-prima Fernanda Yoneya Estimular o uso de casca e sementes de maracujá como matéria-prima em indústrias de alimentos e cosméticos é um dos objetivos do projeto Inovação Tecnológica para a Cadeia do Maracujá, liderado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos. O pesquisador Sérgio Agostinho Cenci, coordenador do projeto, explica que a iniciativa quer revitalizar a cultura do maracujazeiro, a princípio, na região norte fluminense. Conforme a Emater-RJ, mais de 40 municípios do Estado produzem a fruta. De forma geral as indústrias tratam a casca e a semente como subprodutos. Algumas aproveitam para fazer farinhas para alimentação animal, mas a maioria descarta o material. Trata-se de matéria-prima com potencial para elaboração de produtos de alto valor agregado. Hoje, 90% das cascas e sementes de maracujá vão para o lixo. POTENCIAL A casca de maracujá, diz o pesquisador, é rica em fibras e pectina - componente cuja forma sintética é usada pela indústria de alimentos para dar firmeza a doces e geléias -, vitamina B3, ferro, cálcio, fósforo e sódio. Já a semente, que tem 87% de ácidos graxos insaturados, pode ser aproveitada para a elaboração de alimentos com ômega 6 e na indústria de cosméticos, que usa estes ácidos em linhas de produtos para controle da oleosidade da pele. A idéia é encontrar a melhor forma de fazer esse aproveitamento, destaca Cenci. Para isso é preciso estabelecer padrões de qualidade para que esses resíduos possam servir de matéria-prima. Ele adianta que, separadas, casca e semente devem ser purificadas, embaladas e estocadas conforme as boas práticas agrícolas de fabricação. Sendo um produto seguro, não há restrições para seu uso. Futuramente a Embrapa pretende levar o projeto para outros pólos produtores e processadores da fruta.
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