Uberlândia está na rota de pesquisas clínicas internacionais contra o câncer


Por: UraOnline

Esta postagem foi publicada em 19 de setembro de 2013 e está arquivada em Saúde.


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Centro Oncológico do Triângulo é o único da região a trabalhar como centro de pesquisa na descoberta de medicamentos mais eficazes para o tratamento da doença 

As descobertas de novos tratamentos na medicina vêm crescendo a cada dia. Constantemente é possível ver divulgações na mídia sobre medicamentos, por exemplo, que melhoram a sobrevida em pacientes com câncer de pulmão ou que são mais eficazes no tratamento do câncer de mama. Porém, o que muitas pessoas desconhecem é a forma como as pesquisas são realizadas até a descoberta desses resultados.

A pesquisa clínica é uma forma de investigação em seres humanos com o intuito de descobrir ou verificar os efeitos clínicos e farmacológicos de algum medicamento, identificando eventos  indesejáveis com foco na segurança e eficácia do produto em investigação. Em Uberlândia, o COT – Centro Oncológico do Triângulo trabalha como Centro de Pesquisa desde 2009, conduzindo estudos fase III aprovados pela ANVISA, CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) e pelo CEP – Comitê de Éticas da UFU. Para a realização dessas pesquisas, o COT disponibiliza infraestrutura adequada, com equipamentos e tecnologia de ponta e uma equipe especializada multidisciplinar composta por médico investigador, coordenador do Centro de Pesquisa, farmacêutica e enfermeira, além da aprovação e acompanhamento do Comitê de Ética da UFU – Universidade Federal de Uberlândia para cada estudo.

Na prática

De acordo com o coordenador do setor de Pesquisa Clínica do COT, Danilo Cunha, a instituição já participou de diversas pesquisas de alcance internacional. “Como centro de pesquisas temos experiência em condução de estudos fase 3 (o teste é conduzido em voluntários portadores da doença ou condição para qual o medicamento foi desenvolvido, com o objetivo de determinar dados de segurança e eficácia). Já participamos de estudos de dois laboratórios internacionais com medicamentos para câncer de mama, pulmão, próstata e tumor gastrointestinal”, explica o coordenador.

No início de um estudo clínico é feito o recrutamento de pacientes que se encaixam em critérios de inclusão e exclusão pré definidos pelo laboratório. Segundo a oncologista clínica e médica investigadora do COT, Valéria Ribeiro, geralmente, os pacientes são referenciados por outros médicos do serviço público de saúde. “O paciente elegível recebe todas as explicações de forma clara e assinando um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com todas as informações referente aos procedimentos do estudo, e inicia um tratamento específico para sua doença, sendo acompanhado de perto pelo médico investigador, que tem como obrigação legal zelar pela saúde e segurança do paciente”, afirma a médica.

Atualmente, 18 pessoas já receberam tratamento experimental no Centro de Pesquisas do COT.

Entenda o processo

Nas pesquisas, a indústria farmacêutica, caracterizada como patrocinadora, estuda novas moléculas. Neste estudo são realizados testes in vitro e in vivo, com animais de laboratórios. Após esses testes, a pesquisa segue para as etapas de aplicação em seres humanos, que é dividida em quatro fases:

Fase 1: envolve um pequeno grupo de voluntários saudáveis, com o objetivo de conhecer dados sobre segurança e toxicidade, absorção, distribuição e metabolismos do novo medicamento.

Fase 2: após completado com sucesso e estudo fase 1, o medicamento é testado quanto à segurança e eficácia em uma população de 100 a 200 voluntários afetados pela doença ou condição para qual o novo medicamento foi desenvolvido. Nessa fase o objetivo é estabelecer dose e resposta da medicação.

Fase 3: nesta terceira e última fase antes da aprovação da medicação, o teste é conduzido em um número maior e variado de voluntários (de 1000 a 5000), todos portadores da doença ou condição para qual o medicamento foi desenvolvido, com o objetivo de determinar dados de segurança e eficácia. Nessa fase são avaliadas suas reações adversas e sua interação com uma variedade de fatores como sexo, idade, raça ou uso concomitante de álcool e outros medicamentos. Geralmente são realizados em vários países.

Fase 4: após o sucesso nas três etapas anteriores, o produto segue para aprovação e registro, e estando já no mercado, o estudo é conduzido para explorar novas reações adversas e estabelecer seu valor terapêutico em uma população muito maior que a envolvia nos estudos anteriores.

 

Assessoria – Serifa Comunicação


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