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Seções » Dicas de saúde

Memória fraca não é sinônimo de velhice
Fonte: Prof. Avelino Leonardo da Silva - tel. (18) 322-2933
Depto. de Psicologia Experimental e do Trabalho
Publicado no site em 31/05/05

Pesquisador da UNESP prova que a boa memória depende dos estímulos que o cérebro recebe. Dá ainda dicas de como mantê-la fresca para o resto da vida.

Sempre se acreditou que a perda da memória estaria relacionada com a degeneração dos neurônios cerebrais. E que, conforme o indivíduo fosse envelhecendo, haveria uma perda gradativa dessas células nervosas, o que afetaria sua capacidade de memorização. Pesquisas recentes mostram, entretanto, que os neurônios não se degeneram em grandes quantidades com o passar dos anos.

"Apenas tornam-se inativos por falta de estímulos", afirma o neurofisiologista Avelino Leonardo da Silva, da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Assis, que realizou um estudo no qual ele comprova que o idoso pode ter capacidade de memória idêntica a de um jovem. Tudo depende do aprendizado, treino e experiência. Em outras palavras, dos estímulos que ele dá ao seu cérebro.

Para chegar a essa conclusão, o pesquisador aplicou testes para comparar a capacidade de memorização de jovens e de idosos. Os jovens avaliados tinham idade entre 12 e 18 anos e cursavam, respectivamente, a sexta série do primeiro grau e a terceira série do segundo grau.

A fim de evitar distorções, foram testados grupos de alunos de escolas públicas e particulares de vários níveis sócio-econômicos. Já os idosos - todos com idade acima de 55 anos - foram divididos em dois grupos: um que possuía Curso Colegial e Superior e outro constituído por pessoas que tinham no máximo a quarta série do ensino fundamental.

Capacidade de memorização - "Quando comparamos os resultados, constatamos que não havia nenhuma diferença entre o grupo de idosos com nível elevado de escolaridade e os alunos da terceira série do 2º grau", conta o pesquisador. Em contrapartida, os idosos que tinham baixa escolaridade apresentaram um desempenho similar ao dos alunos da sexta série do 1º grau.

A capacidade de memorização do grupo de jovens da terça série do 2º grau também foi 22% superior à do grupo dos alunos menores. "Já a comparação entre os idosos mostra que o grupo com maior nível de escolaridade apresentou, em média, um desempenho 30% superior em relação ao outro, o que mostra a importância do aprendizado para o desenvolvimento de habilidades cerebrais, como a memória imediata", explica o pesquisador.

Ginástica cerebral - Segundo o pesquisador, não é a quantidade de neurônios que determina a capacidade de memória, mas sim o número de conexões sinápticas e o tamanho das ramificações dendríticas dos neurônios, cujo desenvolvimento depende diretamente dos estímulos que o cérebro recebe.

"As ramificações encontradas nos neurônios podem ser comparadas a um galho de árvore, que se expande conforme os estímulos que recebe", explica, acrescentando que esses estímulos também servem para aumentar a quantidade das conexões sinápticas, que são responsáveis pela transmissão de dados entre os neurônios.

"Assim como o corpo precisa de exercícios para deixar os músculos mais fortes e ágeis, o cérebro também necessita de ginástica para estimular suas células, favorecendo desta maneira, não só a memória, mas a capacidade intelectual como um todo" explica.

Portanto, a melhor forma de estimular o cérebro, independentemente da idade, é colocar a cabeça para funcionar. Ler, resolver palavras cruzadas, jogar xadrez, decorar textos, por exemplo, são exercícios que deixam a memória mais ágil.

"Essa ginástica mental serve tanto para manter a memória em dia quanto para estimular os neurônios que estão desativados", ressalta o pesquisador, acrescentando que esses exercícios ajudam até os idosos que apresentam diminuição de memória causada por problemas no sistema circulatório, por algum tipo de disfunção neurológica ou até por doenças genéticas. Nesse caso, eles poderiam compensar a perda por novas conexões entre os neurônios.


TESTE SUA MEMÓRIA
Fonte: Adaptado de Everyday memory questionnaire (questionário de memória do dia-a-dia), do livro Human Memory, Theory and Pratice (Memória Humana, Teoria e Pratica), de Alan Baddeley.

Para cada item, escolha um número de 1 a 9 que mais se aproxime da freqüência com que você se deparou com a situação escrita. Ao final, some seus pontos e compare com a média no fim do teste. Quanto menos pontos fizer, mais afiada estará sua memória.

(1) Nenhuma vez nos últimos 6 meses.

(2) Mais ou menos uma vez nos últimos 6 meses.

(3) Mais do que uma vez nos últimos 6 meses, mas menos do que uma vez por mês.

(4) Mais ou menos uma vez por mês.

(5) Mais do que uma vez por mês, mas menos do que uma vez por semana.

(6) Mais ou menos uma vez por semana.

(7) Mais do que uma vez por semana, mas menos o que uma vez por dia.

(8) Mais ou menos uma vez por dia.

(9) Mais do que uma vez por dia.

1-____ Esquecer onde colocou um objeto. Perder objetos pela casa.

2-____ Não reconhecer lugares nos quais outras pessoas dizem que você já esteve várias vezes antes.

3-____ Achar um programa de televisão difícil de acompanhar.

4-____ Não se lembrar de uma mudança na rotina diária, tal como uma mudança de lugar em que um objeto era guardado, ou uma mudança da hora em que algo acontece. Seguir sua rotina anterior por engano.

5-____ Ter de voltar para checar se você fez ou não algo que pretendia fazer.

6-____ Esquecer quando algo aconteceu (se algo aconteceu ontem ou na semana passada).

7-____ Esquecer completamente de levar as coisas com você ou deixar coisas para trás e ter que voltar para buscá-las.

8-____ Esquecer que lhe contaram algo ontem ou alguns dias antes e, talvez, ter de ser relembrado sobre isso.

9-____ Começar a ler algo (um livro ou um artigo de jornal ou revista) sem perceber que você já havia lido isso.

10-____ Deixar-se divagar ao falar sobre coisas irrelevantes ou pouco importantes.

11-____ Não reconhecer parentes próximos ou amigos que você encontra freqüentemente.

12-____ Ter dificuldade para aprender alguma habilidade nova. Por exemplo, brincar com um jogo novo ou manipular um aparelho depois de ter praticado uma ou duas vezes.

13-____ Achar que uma palavra está na ponta da língua . Você sabe o que é, mas não consegue se encontrá-la.

14-____ Esquecer completamente de fazer coisas que você disse que faria e coisas que você planejou fazer.

15-____ Esquecer detalhes importantes sobre o que você fez ou sobre o que aconteceu com você no dia anterior.

16-____ Ao conversar com alguém, esquecer o que acabou de dizer. Talvez dizer: Sobre o que eu estava falando mesmo?

17-____ Ao ler um jornal ou revista, não conseguir acompanhar o fio da meada, perder a linha do assunto.

18-____ Esquecer de contar algo importante para alguém. Como passar um recado ou relembrar algo para uma pessoa.

19-____ Esquecer detalhes importantes sobre si mesmo, por exemplo, seu aniversário ou onde mora.

20-____ Confundir ou misturar os detalhes de algo contado por outra pessoa para você.

21-____ Contar uma história ou piada para alguém que você já contou antes.

22-____ Esquecer de detalhes coisas que você faz regularmente, em casa ou no trabalho. Por exemplo, esquecer de detalhes do que tem de fazer ou em que hora fazer.

23-____ Achar que o rosto de uma pessoa famosa, vista na televisão ou em fotografias, parece familiar.

24-____ Esquecer onde os objetos são normalmente guardados ou procurar por eles nos lugares errados.

25-____ (a) Perder-se ou virar na direção errada num trajeto, caminhada ou edifício que você já esteve freqüentemente antes. (b) Perder-se ou virar na direção errada num trajeto, caminhada ou edifício que você tenha ido uma dou duas vezes antes.

26-____ Fazer algo de sua rotina duas vezes por engano. Por exemplo, colocar dois saquinhos de chá no bule ou escovar/pentear o cabelo quando você acabou de fazê-lo.

27-____ Repetir para alguém o que você acabou de lhe contar ou fazer-lhe a mesma pergunta duas vezes.

Resposta: Se você fez mais do que 58 pontos, você precisa de uma avaliação mais detalhada. Procure um especialista (psicólogo, psiquiatra ou neurologista).



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