Saúde da Mulher – A primeira consulta ao ginecologista: como superar o medo?


Por: UraOnline

Esta postagem foi publicada em 15 de janeiro de 2014 e está arquivada em Saúde.


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“É um momento delicado, pois as adolescentes sentem vergonha, receio e algumas são muito tímidas”

A primeira consulta ao ginecologista: como superar o medo?

Imagem Divulgação

A passagem da infância para a adolescência é um período de muitas transformações. Os hormônios afloram e o corpo passa por várias transformações, é o início da puberdade, quando surgem questionamentos, medos e o conhecimento do próprio corpo. Em meio a tantas mudanças e descobertas, outro conflito toma conta da maioria das adolescentes: a primeira visita ao ginecologista.
Para a ginecologista e obstetra, Dra. Laylla Lemes Carneiro a idade ideal para a primeira consulta ao ginecologista é entre 11 e 15 anos. “Geralmente é nesse período que acontece a primeira menstruação, momento oportuno para que a adolescente receba orientações, informações e também para fazer perguntas e tirar dúvidas. É um momento delicado, pois as adolescentes sentem vergonha, medo e algumas são muito tímidas”, conta a médica.
A especialista explica que por mais que seja um período de tensão para as adolescentes, não há com o que se preocupar, já que a primeira visita ao ginecologista costuma ser uma conversa informal, sobre os hábitos da paciente, o início da menstruação, informações sobre antecedentes de doenças na família, como o câncer de mama e doenças da infância. “Não necessariamente é preciso fazer exames na primeira consulta. Pode ser um bate-papo, para criar confiança e quebrar o tabu da primeira vez ao ginecologista. Em casos de já ter acontecido a primeira relação sexual ou de sintomas de alguma patologia é fundamental realizar os exames clínicos, mas se a adolescente for virgem é feito apenas o exame da mama, abdominal e da parte externa do órgão genital, quando necessário”, esclarece Dra. Laylla complementando ainda que: “é uma situação delicada tanto para a adolescente quanto para os pais. Às vezes a paciente se sente mais confortável sem a presença da mãe, algumas querem e fazem questão de participar da consulta, o que pode gerar um desconforto para a paciente que se sente envergonhada para fazer perguntas simples, questionamentos e sanar dúvidas, devido a presença da mãe. Além de tudo isso, as adolescentes têm medo de que a conversa seja passada para os pais, o que não acontece devido a relação de sigilo entre médico-paciente, com exceção quando é diagnosticado alguma doença que comprometa a paciente ou em casos de abuso sexual”.

Gravidez na adolescência: números preocupantes

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que todos os dias 20 mil jovens, menores de 18 anos, trazem um filho ao mundo em países em desenvolvimento, o que totaliza 7,3 milhões de adolescentes grávidas por ano (95% dos casos no mundo). Deste total, dois milhões têm menos de 14 anos. “Esse número envolve muitas questões: sociais, econômicas, acesso a informação, educação dentre outras. Além disso, o processo de gravidez na infância e adolescência prevê riscos tanto à saúde da mãe quanto a do bebê. É preciso considerar que o corpo da adolescente não está completamente formado para gerar uma criança, o que favorece a problemas durante a gestação, como: pré-eclâmpsia e eclampsia (pressão alta e proteína na urina), parto prematuro, bebê com baixo peso ou subnutrido dentre outras complicações”, explica Dra. Laylla Lemes advertindo que: “é preciso muitas ações para diminuir estes números. É necessário informar, proporcionar o acesso ao ginecologista para quem não tem condições e educar com medidas preventivas como o uso de camisinha e anticoncepcionais”.


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