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Esta postagem foi publicada em 29 de November de 2013 e está arquivada em Saúde.
O leite materno é considerado um alimento completo, que age como uma “vacina natural” ao proteger o bebê de diferentes doenças. Amamentar traz benefícios tanto para a mãe como para o bebê. As crianças que mamam no peito se desenvolvem mais rápido, raramente adoecem e quando ficam doentes se recuperam rapidamente, além de desenvolver melhor a fala e a respiração. Amamentar ajuda o útero a voltar ao normal depois do parto, reduz o risco de hemorragias e facilita na perda do peso ganho com a gravidez. Também diminui o risco de câncer de mama e de ovário e de diabetes.
Abaixo, um breve pingue-pongue com a pediatra e diretora da Clínica Super Healthy, Natasha Mascarenhas.
- O leite materno é o indicado nos primeiros anos de vida, mas, além dele, os pais devem acrescentar mais alguma coisa à alimentação dos filhos?
Nos primeiros 6 meses de vida o leite é o alimento ideal para os bebês. Até essa idade não se deve oferecer nada à criança, além do leite materno. É muito comum as mães ficarem em dúvida se devem dar água, suco ou chá para seus bebês. Mas nos primeiros 6 meses não há necessidade de oferecer nenhum outro nutriente ao lactente, além do leite materno. O leite materno supre todas as necessidades do bebê. Mesmo nos dias quentes não é preciso outros líquidos, como água ou sucos. Esses alimentos, além de não representarem benefício aos bebês que estão sendo alimentados exclusivamente por leite materno, ainda podem comprometer a amamentação e afetar a saúde do bebê.
- Quando os alimentos devem começar a ser introduzidos?
A partir dos 6 meses de vida os pais devem iniciar a introdução de novos alimentos na dieta do bebê. O pediatra ou nutricionista pode orientar essa fase, e indicar aos cuidadores os alimentos que devem ser oferecidos e como estes devem ser preparados. Basicamente, iniciamos com suco natural de fruta, dado com uma colher e depois no copinho apropriado para a idade. Não é indicado oferecer mais de uma fruta por dia, pois se o bebê não aceitar bem determinada fruta – ou apresentar alguma reação alérgica – ficará mais difícil identificar qual a fruta responsável. Também é importante que desde pequena a criança aprenda a diferenciar sabores e desenvolva seu paladar. Se a criança aceitar bem os sucos, o próximo passo são as frutas raspadas ou amassadas. Para facilitar e tornar as frutas mais macias elas podem ser cozidas. É importante lembrar que tanto os sucos quanto a papa de frutas não devem ser adoçados. Prefira frutas naturalmente doces e só adoce se escolher frutas muito amargas ou azedas, como o limão.
- De que forma as papinhas devem ser oferecidas?
Depois da introdução das frutas é a vez da papa salgada ou sopa. Estas são feitas com vegetais e legumes. No início, as carnes (carne, frango e peixe) são incluídas no preparo, porém devem ser retiradas antes da finalização da papa. Assim, a criança só irá experimentar o caldo da carne. Ao longo do tempo, a carne será oferecida, inicialmente desfiada e depois cortada em pequenos pedaços. Isso, é claro, quando a criança já for capaz de mastigar a carne e engolir sem engasgar. Assim como a papa de frutas, o preparo da papa salgada deve utilizar diferentes verduras e legumes, introduzidas aos poucos, para detectar as preferências, intolerâncias e possíveis alergias.
- O leite materno deve continuar a ser oferecido mesmo depois da introdução das papinhas?
A introdução da papa de frutas e da papa salgada não deve interromper o aleitamento. A criança vai começar a consumir as papas dos 6 meses até 1 ano e a partir de um ano já poderá comer a comida da família. Durante todo esse tempo ela deve continuar sendo amamentada. O que muda é a frequência das mamadas.
