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Notícias/Destaques Diretor regional do UNICEF para a América Latina coordena debate sobre Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o desafio da nutrição e o crescimento das crianças Desafios são muitos na América Latina Em todo o mundo, 10 milhões de crianças morrem todos os anos vítimas de doenças relacionadas à desnutrição e à má alimentação. Na América Latina, um dos mais graves indicadores está entre as crianças indígenas: 70% delas sofrem de má nutrição crônica e baixa estatura. Nesta segunda-feira, 14 de março, o diretor regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe, Nils Kastberg, coordena a mesa Diretrizes Voluntárias para a realização progressiva do direito humano à alimentação adequada. O painel vai debater formas de se avançar mais rapidamente em direção ao primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), de reduzir a fome pela metade até o ano 2015. A 32ª Sessão do Comitê Permanente de Nutrição das Nações Unidas acontece entre os dias 14 a 18 de março em Brasília. Sediado pelo governo brasileiro, o principal objetivo do evento é avaliar experiências de fortalecimento das políticas de alimentação e nutrição nos planos nacionais de desenvolvimento para garantir o direito humano à alimentação adequada e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Segundo Nils Kastberg, a situação de desnutrição na região apresenta indicadores razoáveis. Por exemplo, 81% das famílias consomem o sal iodado (no Brasil, esse índice é de quase 90% dos lares). A presença de iodo no sal é fundamental para prevenir doenças como o bócio endêmico e o cretinismo em crianças, além de reduzir a capacidade do indivíduo de interagir social e intelectualmente. Infelizmente, a má nutrição de crianças permanece uma emergência silenciosa, longe das manchetes de jornais e despercebida, diz Kastberg. Além da desnutrição de crianças indígenas, a América Latina tem baixo índice de aleitamento materno exclusivo (apenas 38% das crianças são alimentadas apenas com o leite materno até o quarto mês de vida). Há ainda problemas em regiões específicas, como na América Central, onde as meninas têm, em média, 15 centímetros a menos do que deveriam ter quando chegam aos 9 anos de idade. Baseados em dados como esses, estudos do Comitê Permanente de Nutrição das Nações Unidas indicam que, na atual conjuntura, para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é necessário investir na segurança alimentar e nutricional. Apesar de recentes progressos significativos no combate à fome, a FAO estima que, entre 2000 e 2002, 852 milhões de pessoas no mundo estavam desnutridas. Desses, 815 milhões viviam em países em desenvolvimento.
Contato: Rachel Mello ou Flávia Ribas (61) 3035 1947 ou 3035 1951. Leia + |
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