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Seções » Moda

PRETINHOS IMORTAIS
Cynthia Costa Pires
- Consultora de Imagem e Produtora de Moda - Fashion Institute of Technology - New Iork - USA
- Consultora de Moda - Centro de Educação em Moda - SENAC - São Paulo
- Personal Stylist - Curso Livre/Especialização - Rio de Janeiro - Belo Horizonte
- Etiqueta Empresarial - IETUR - Rio de Janeiro
www.cynthiapersonalstylist.com.br
email:
Publicado em 29/05/06


Eles não são moda mas são ícones!
São básicos, únicos, curingas!

Conheça um pouco da história dessa roupa que chega aos 80 anos, charmosa, elegante, atualíssima e, mais incrível, versátil e dona de qualquer situação.

Ele, o pretinho se encaixa como luva na máxima dos anos 90 de que "O MÍNIMO É O MÁXIMO".

Em 1926, mademoiselle Chanel "inventou" o pretinho básico que ao longo dos anos acabou por se transformar em sinônimo de sua criadora, mulher de grande elegância, e com credencial a circular de ruas a salões principescos.

O croqui do vestido reto, todo preto, super simples, com saia abaixo do joelho, ostentando apenas um debrum branco nos punhos, foi publicado na Vogue francesa em 1926 acompanhado do seguinte texto: "Vai se tornar o uniforme de toda mulher de bom gosto". E não deu outra.


"Croquis de mademoiselle Coco Chanel da década de 20"


Responda: você tem no mínimo um pretinho no armário? Com certeza, sim. Ele lhe dá a segurança de que jamais perderá um programa de última hora.

Até então, a cor um símbolo de velórios, lutos e situações sérias recebeu sua alforria através do vestido pretinho de mademoiselle Chanel e passou a freqüentar qualquer ambiente, a qualquer hora.

A bem da verdade, seu boom não foi assim tão rápido. Arrastou-se até o final dos anos 40 quando tornou-se peça chave em todos os guarda-roupas e coleções.

Cada estilista apresentava sua leitura particular da versão de mademoiselle. Com isso, ganhavam as mulheres em poder variar o look ao infinito do imaginário.

Dior em 1947 apresentou sua leitura traduzida no seco preto com gola branca. Deu-lhe em complemento, luvas brancas, sapatos coloridos, colar de pérolas e estola.

Mais chique, impossível! Isso perdurou ao longo da década de 50 quase como um uniforme.

Givenchy marcou sua leitura, em 61, através da criação feita para Audrey Hepburn usar no filme Bonequinha de Luxo.

Nos anos 80, a força do pretinho ficou insuperável! Com a modernidade batendo à porta das mulheres, ficou mais que evidente a praticidade desse então cinquentão.

Agregado às tecnologias de novos materiais as possibilidades alternativas aumentaram nos anos 90.
Afinal, o que ele tem que ao outros não têm?
Espírito camaleônico. Precisa mais?

Com qualquer estilo de colar de pérolas ou belas jóias, ele é um clássico.
Com botas e anáguas de filó, fica mais que modernoso.
Com bijus coloridas retiradas do baú, passa a ter cara de brechó ou vintage.
Com spencer ou jaquetinha, vai do trabalho ao barzinho.
Com sandálias ou scarpin de saltos altos e uma bela bolsa, pede passagem para a noite.
Cada mulher faz dele o que bem quer seguindo o instinto de seu estilo e de seu momento.

Alguns detalhes que trabalharam a favor da eternização do pretinho:

- emagrece o visual
- disfarça amassados
- esconde manchas ou sujeiras
- dá a impressão de ser o outro
- absorve o cansaço que aparece em nossa expressão
- nunca sai de moda
- combina com tudo
- pode ser usado a qualquer hora
- classudo e ao mesmo tempo tímido

O único senão do pretinho é não chamar atenção. Se você quer se destacar em uma festa ou mesmo num simples caminhar pela rua, encha-se de cores e deixe o pretinho no armário.

Didier Ludot, um apaixonado pelo pretinho básico, foi tema do livro La petite robe noir, lançado em 2001. Com a segurança dos apaixonados e conhecedores ele afirma que o pretinho básico e a calça comprida são as únicas peças com chance de atravessar o terceiro milênio.

Se você faz parte do mínimo de mulheres que desconsidera o pretinho, vá logo adquirir o seu. Afinal, as razões para tamanha longevidade são mais que suficientes para encantá-la. Ou não?

Algumas sugestões de como transar seu pretinho de forma a sempre ter um aliado na hora do aperto.
Entenda, o estilo é o seu, a releitura é do estilista. Faça seu complemento.

   
   
   

Beijos,
Cynthia


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