Secretaria de Estado de Cultura realiza a mostra MINAS Território da Arte


Por: UraOnline

Esta postagem foi publicada em 10 de March de 2014 e está arquivada em Destaques, Notícias/Destaques, Uberaba em foco.


Cinco artistas do Triângulo Mineiro têm seus trabalhos expostos no Palácio das Artes, em Belo Horizonte  

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado, realiza a exposição MINAS Território da Arte entre os dias 11 de março e 04 de maio, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Serão expostas cerca de 100 obras, de 64 artistas de várias macrorregiões do Estado, que representam um recorte da produção artística mineira das primeiras décadas do século XX até os dias atuais. Com curadoria do historiador Fernando Pedro, integram a exposição pinturas, esculturas, desenhos, vídeos, instalações, entre outras técnicas que representam a diversidade cultural e as manifestações artísticas presentes em cada região. Do Triângulo Mineiro, podem ser vistas obras dos artistas Beatriz Rauscher e Cláudia França, de Uberlândia; Farnese de Andrade, de Araguari; e Hélio Siqueira e Paulo Miranda, de Uberaba.

A mostra traz como fio condutor curatorial os conceitos de democratização do acesso e descentralização da cultura. Articula-se com o MINAS Território da Cultura, maior programa de interiorização das políticas públicas voltadas para a cultura e realizado pela SEC em todas as regiões do Estado. Para reunir todo o acervo, o MINAS Território da Arte contou com o trabalho de pesquisa de cinco estudiosos da área: Jacqueline Prado, José Alberto Pinho Neves, Marco Antonio Pasqualini, Rodrigo Vivas e Walter Sebastião. Esses colaboradores foram designados a catalogar os talentos das respectivas regiões e tiveram o apoio das Universidades Federais mineiras para a tarefa.

A Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, entende o evento como um esforço do Governo de Minas em ampliar as suas diretrizes para o maior número de cidadãos mineiros. “Nosso Estado possui várias facetas culturais em sua vasta extensão territorial. O MINAS Território da Arte é um audacioso projeto que pretende oferecer ao público representações culturais de nossos artistas, tentando contemplar a maior variedade de obras. Com essa proposta, e sabendo da dificuldade de cumpri-la, já que Minas apresenta uma riqueza cultural de proporções gigantescas, espero que, por meio do trabalho hercúleo da curadoria, possamos apreciar amostras da nossa pujante e inesgotável cultura”.

Homenagens póstumas 

Como forma de sublinhar a trajetória profissional de personalidades da cultura, o MINAS Território da Arte também irá prestar homenagens póstumas a três grandes artistas mineiros que muito contribuíram para a construção da identidade cultural do Estado. São eles: Nívea Bracher, artista plástica aclamada em Juiz de Fora e região, tem entre as suas mais conhecidas obras retratos, paisagens e naturezas mortas, e faleceu em 2013; Raymundo Colares, pintor, desenhista, recebeu prêmio do Salão Nacional de Arte Moderna em 1970, com uma produção que se caracterizou por obras nas correntes do construtivismo e arte pop, e faleceu em 1986; e Sara Ávila, pintora, desenhista, ilustradora e professora, foi aluna de Guignard e Franz Weissmann, integrante do Movimento Internacional Phases, com sede em Paris, presidente do Conselho Estadual de Cultura do Estado de Minas Gerais e da Sociedade Amigas da Cultura em Belo Horizonte, e faleceu em 2013.

Artistas do Triângulo Mineiro

 

Beatriz Rauscher

Município: representando Uberlândia (nasceu em Casa Branca/SP) (Triângulo)

Beatriz Rauscher é artista plástica. Cursou Artes Plásticas na FAAP – São Paulo, fez Mestrado em Artes na UNICAMP e Doutorado em Poéticas Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolveu plano de trabalho como bolsista Sanduíche/CAPES em Paris, na Universidade de Paris III sob orientação de Philippe Dubois. Realizou diversas exposições de seus trabalhos artísticos ligados às questões da operação do corte e da espacialização de imagens impressas e imagens projetadas nas cidades de Uberlândia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Campinas, Porto Alegre e Valência. Paralelamente às atividades artísticas, tem publicado artigos sobre questões teóricas relacionadas à fotografia estendida no espaço; às operações poéticas da fragmentação e do corte e aos processos híbridos em imagens. É professora do Curso de Artes Visuais da UFU, onde ministra as disciplinas de Xilogravura, Gravura em Metal, orienta iniciação científica e projetos de graduação.

Claudia França

Município: representando Uberlândia (Triângulo)

Doutora em Artes pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (Poéticas Visuais, 2010). Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Poéticas Visuais, 2002). Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (Desenho e Escultura,1990). Docente pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Expressão Tridimensional e Desenho, atuando principalmente nos seguintes temas: processo criativo em arte, instalação e projeto de instalação, desenho contemporâneo. Tem participação em exposições coletivas e individuais, em nível regional e nacional, participação em reuniões científicas e produção textual. Sua experiência artística tem ênfase em Desenho e Expressão Tridimensional (objetos e instalações), e é na interseção dessas linguagens que reside a sua poética, abrindo-se para temas como o cotidiano e a autorrepresentação.

Farnese de Andrade

Município: Araguari (Triângulo)

Estudou na Escola Guignard em Belo Horizonte nos anos de 1940 e iniciou sua trajetória artística como desenhista e gravador, mas a partir dos anos de 1970 começa a inventar assemblages com diversos materiais e objetos (madeira, resina, porcelana, conchas, fotografias, imagens de santos e orixás, ex-votos, bonecas, etc.), muitas vezes inseridos em oratórios e gamelas. Com obra autobiográfica, resgata as memórias da família, a cultura religiosa e popular mineira, mesclada com a descoberta do mar e da cultura afro-brasileira carioca. 

Hélio Siqueira

Município: representando a cidade de Uberaba (Triângulo)

Bacharel em Letras. A partir de 1973, lecionou arte em diversos colégios da cidade e começou a pintar, participando também de mostras e salões a partir de 1975. Desde 1991, dedica-se integralmente às artes plásticas e criou a Oficina de Tecelagem Manual. É assessor de artes plásticas da Fundação Cultural de Uberaba, onde atua organizando eventos, cursos, exposições, oficinas, visando atualizar e redimensionar o ensino e a prática artística na cidade. Como diz Elizabeth Nasser, é um artista de múltiplas manifestações: ceramista, pintor, agente cultural, gravador, tecelão, professor. Tem realizado exposições em importantes galerias nas principais capitais brasileiras e mantém seu ateliê em Uberaba como um centro cultural das artes visuais, onde produz cerâmicas, tecelagens e pinturas, cuja figuração beira a abstração, com forte religiosidade temática.

Paulo Miranda

Município: Uberaba (Triângulo)

Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Uberaba. Pós Graduação em Desenho e Criatividade pela Unifran. Foi aluno de desenho e pintura dos artistas Hélio Siqueira, Orlando Castaño, Karin Lambrecht, Frans Krajecberg, Shirley Paes Leme, Alex Cerveny, entres outros. Em suas obras mais marcantes, associa a escrita, encarada como manifestação de pensamentos, a colagens, costuras e rasgos em lonas usadas. Seu interesse estava nas marcas e vestígios que essas lonas traziam, já que vinham de um lugar fora do campo da arte e traziam a memória de seus antigos usos.

 


Tags: , , , , , , , , , , , , , ,

Você pode gostar também de: