NOSSAS DORES PELA PÁTRIA


Por: Dom Aloísio Roque Oppermann scj

Esta postagem foi publicada em 11 de March de 2014 e está arquivada em Colunas, Colunas/Colunistas.


Todo cristão deve ser um bom cidadão. Já pelo ano 50, possivelmente em Alexandria, um apologista da Igreja dizia a Diogneto: “Os cristãos não diferem dos demais homens da terra. O que a alma é no corpo, são os cristãos no mundo”. Todos os batizados, revestidos de sua lucidez, embora sejam destinados à Pátria Celeste, desejam o bem comum de seu país. Este consiste “em agir segundo sua consciência na sociedade, ter proteção da vida particular, usufruir de liberdade, também em matéria religiosa” (GS 26 § 2). O bem comum exige a paz, que se concretiza numa ordem justa e duradoura. As autoridades devem garantir a segurança aos membros da sociedade, e também aos organismos intermediários (família, clubes, escolas, partidos, Igrejas). Isso ensina o Catecismo da Igreja Católica nº 1909. A nossa frágil democracia brasileira dá sinais de estar no caminho, e inspira esperança. Mas existem alguns sinais que retardam o seu sucesso definitivo. O que alguns fazem parece induzir à luta de classes e à ditadura. Vejamos alguns fatos que entristecem a quem deseja o bem comum.

1 – Pichação de muros e residências (existem outras instâncias para expor idéias de reclamação); 2 – Montar marketing eleitoreiro capaz de seduzir os eleitores (tais partidos tem programa para ganhar eleições, mas não tem programa para o país); 3 – O governo apresentar juízes venais e os legisladores aprová-los (isso leva a tirar a confiança no judiciário); 4 – Alguém opor-se publicamente às sentenças judiciais quando elas não agradam (alguém se considera acima do judiciário); 5 – Invadir propriedades legítimas, tais como casas, terras, repartições públicas (vai contra o 7º mandamentos da Lei de Deus); 6 – Incendiar ônibus ( é depredar um bem que é para todos); 7 – Quebrar Bancos e Automóveis (são bens necessários); 8 – Assaltar e depredar postos de combustíveis (o bem comum necessita de seus serviços); 9 – Torturar e matar marginais (quem os deve punir é o poder judiciário); 10 – Saquear mercados (é destruir a iniciativa privada e querer um utópico socialismo); 11 – Conformar-se com as injustiças contra os fracos (é não crer na igualdade de todos os filhos de Deus); 12 – Vender seu voto (é uma ignomínia). Quem ama a Pátria tem a promessa divina: “Serás feliz por teres feito o que é bom e reto aos olhos do Senhor”. (Deut. 12, 28).

 

Dom Aloísio Roque Oppermann  scj – Arcebispo Emérito de Uberaba, MG



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