A FESTA ETERNA


Por: Dom Aloísio Roque Oppermann scj

Esta postagem foi publicada em 2 de abril de 2013 e está arquivada em Colunas, Colunas/Colunistas.


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Depois que o Cristianismo tomou vulto no mundo antigo, os cristãos conseguiram direitos de ordem estrutural, uma verdadeira configuração da normalidade da vida. As leis protegiam seus costumes. Assim, conquistaram o direito de celebrar em público os seus cultos sagrados;  conseguiram do Estado a proteção do casamento monogâmico; puniram-se os atentados violentos ao pudor;  criou-se a noção de liberdade de religião;  puderam ter as suas escolas com ensinamento cristão;  estabeleceram o calendário, baseado na vida de Jesus; e ainda, a duras penas, foram vitoriosos na escolha do domingo como dia de repouso e de culto. Neste ponto o sucesso não veio sem derramamento de sangue. “No primeiro dia da semana cada um separe o que conseguiu economizar” ( 1Cor 16, 02). Somente por leis, que atendiam ao interesse da maioria, é que o domingo ficou reservado como “Dia do Senhor”.

 

O mundo de hoje possui uma tendência de introduzir novos costumes, alguns deles muito bons, e outros que são de péssima qualidade. Assim, começam a vigorar outros princípios de ordem sexual, outros tipos de família (a ONU é um grande centro que irradia petardos contra a família cristã), poderes públicos secularizados, escola contrária a qualquer expressão de religiosidade, e um domingo desidratado e de pura atividade lúdica. Já na revolução francesa, num dos seus momentos de loucura, instituiu o “dia de descanso” a cada 10 dias. Entre vários Estados modernos se determinou que não há mais dia santo nem dia de repouso. Todos os dias são de trabalho…Nem por isso são mais ricos. Nós cristãos não podemos ser sem espinha dorsal. Não vamos entregar de mão beijada o dia do Senhor, como o dia em que o comércio, sem razão nenhuma plausível, funciona como sempre. O dia em que as rodovias se enchem de caminhões. Os cortadores de cana prosseguem o seu pesado trabalho. Poucos se sentem chamados para as orações na comunidade, para se alegrar com a festa da ressurreição do Senhor. Em seis dias o trabalho rende mais do que em sete. Queremos fazer questão de observar o domingo, para um justo repouso de trabalhos pesados, e fazer dele o dia família e da comunidade. “Este é o dia do Senhor. Alegremo-nos e nele exultemos” (Ap 19, 7).

 


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