A ENERGIA ESPIRITUAL


Por: Dom Aloísio Roque Oppermann scj

Esta postagem foi publicada em 5 de novembro de 2013 e está arquivada em Colunas, Colunas/Colunistas.


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A Liturgia reserva um domingo do ano só para glorificar a multidão de homens e mulheres que viveram a santidade nesta vida. Isso nos faz pensar um pouco. De onde veio o estímulo que essas pessoas    sentiram, para trilhar um caminho, garantidamente difícil? Antes de tudo, o Santo por excelência, e único, é Cristo Jesus. Nós dizemos com convicção: “só Vós sois o Santo, só Vós sois o Altíssimo”. Portanto, os Santos não tem luz própria.  Eles são apenas imitadores de Cristo, que é possuidor de todas as perfeições. Eles são importantes apenas na medida em que foram seguidores de Jesus. Mas a nossa pergunta continua de pé: donde eles tiveram a força para se dedicar ao difícil exercício das virtudes? A natureza precisa de uma partícula aglutinadora, uma espécie de curinga, que possibilite a existência da massa da matéria visível. É o bóson de Higgs. Será que no mundo da santidade existe também uma espécie de bóson?

É necessário que exista. Pois nos movemos num âmbito sobrenatural, onde só as forças psicológicas de pouco adiantam. Esse auxílio nos vem da pessoa do Espírito Santo, que São Basílio chamava de braço direito do Pai. Ninguém recue na sua leitura, por falarmos de coisas tão invisíveis, confirmadas pelas Escrituras. Jesus nos advertiu fraternalmente de não desprezarmos o Espírito. “Quem desprezar o Espírito Santo, jamais terá perdão”  (Mt 3, 29). Como nos ensinaram os grandes mestres da Teologia dos primeiros tempos (Basílio, Isidoro, Orígenes, Agostinho), o Espírito Divino conhece os arcanos do Pai, e dirigiu e inspirou permanentemente a Jesus, em sua vida mortal. É Ele também que provoca a nossa santificação, nos faz conhecer os mistérios sagrados, e nos leva a nos aproximar da semelhança com Deus. Nenhuma religião jamais ensinou, mas Jesus manda seu Espírito sobre nós, para nos tornar divinizados. Se prestarmos atenção, Ele nos convence de que Deus é nosso Pai, e nós somos seus filhos amados. Não existe santidade, nem pertença à Igreja, sem o seu sopro divino. “O Consolador vos ensinará todas as coisas” (Jo 14,26).

 


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